Predador
24/10/88
Garras afiadas
Quero o lanho profundo.
Cicatriz eterna
Que não se esconde.
Se esquiva...
Não toco.
Mas roço de leve.
Momento breve
Em que sinto a caça
Sob meu julgo.
Na verdade
Apenas espreito a presa
Em sua liberdade.
Espero o descuido,
A aproximação.
Pra posse ser coisa do destino,
Pra não cometer o desatino
De afugentá-la.
Tão arisca!
Tão temerosa!
Aguça meus sentidos,
Tem ciência de meus anseios
Mas não recua,
Não bate em retirada.
Mal sabe ela
Que a distância que nos separa
É quase nada.
Quero o lanho profundo.
Cicatriz eterna
Que não se esconde.
Se esquiva...
Não toco.
Mas roço de leve.
Momento breve
Em que sinto a caça
Sob meu julgo.
Na verdade
Apenas espreito a presa
Em sua liberdade.
Espero o descuido,
A aproximação.
Pra posse ser coisa do destino,
Pra não cometer o desatino
De afugentá-la.
Tão arisca!
Tão temerosa!
Aguça meus sentidos,
Tem ciência de meus anseios
Mas não recua,
Não bate em retirada.
Mal sabe ela
Que a distância que nos separa
É quase nada.