Essa Tal de Poesia

22/11/08
Vamos falar de poesia.
Mas, sobre qual delas?
Sobre a poesia diária, na qual se esbarra quando abrem se portas, olhos e ouvidos?
Aquela que vive nas cores, nos sabores e odores e que nos chega pelos sentidos físicos?
Ou, sobre aquela poesia que se cria, que se pensa?
Aquela que se concebe no ruidoso silêncio
, no digerir interno dos tais poetas?
Pouco importa qual seja, tanto faz a natureza, falemos dela.
Vamos discursar.
Nos valer da inspiração que enche de sentido e significado o cotidiano, as banalidades e barbaridades da essência humana.
Vamos abusar das tonalidades e pintar de tons berrantes o que se faz pálido.
Vamos moldar o que é volátil e etéreo.
Vamos dar forma ao que é sensação nos valendo das palavras.
Mas talvez elas não bastem, não sejam suficientes.
Por que esses seres... os tais poetas
Esses que buscam na expressão
a tradução do impalpável
Costumam ser insaciáveis.
Para esses loucos e insensatos...
Para essas almas delirantes...
Tudo se faz motivo e forma.
Tudo se faz razão e meio.
Tudo se faz maneira e via.
Tudo se faz em poesia.

Saturday, May 8, 2010

Teu Colo

Teu Colo

09/05/2010

Quando no silêncio da noite
O medo me embala os sonhos
Peço apenas por teu colo.
Quando os passos pedem rumo
Quando as asas perdem o prumo
Peço apenas por teu colo.
Quando o riso entristece
Quando doi tanto que adormece
Peço apenas por teu colo.
E no desespero  da prece
Teu rosto me aparece
E me acalenta a alma.
E então, como na infância...
Tua voz amansa o medo
Teu olhar guia o caminho
Teu beijo cura a dor, fecha a ferida
E essa doce lembrança:
Abraço que protege e envolve
Me traz à vida!