Essa Tal de Poesia

22/11/08
Vamos falar de poesia.
Mas, sobre qual delas?
Sobre a poesia diária, na qual se esbarra quando abrem se portas, olhos e ouvidos?
Aquela que vive nas cores, nos sabores e odores e que nos chega pelos sentidos físicos?
Ou, sobre aquela poesia que se cria, que se pensa?
Aquela que se concebe no ruidoso silêncio
, no digerir interno dos tais poetas?
Pouco importa qual seja, tanto faz a natureza, falemos dela.
Vamos discursar.
Nos valer da inspiração que enche de sentido e significado o cotidiano, as banalidades e barbaridades da essência humana.
Vamos abusar das tonalidades e pintar de tons berrantes o que se faz pálido.
Vamos moldar o que é volátil e etéreo.
Vamos dar forma ao que é sensação nos valendo das palavras.
Mas talvez elas não bastem, não sejam suficientes.
Por que esses seres... os tais poetas
Esses que buscam na expressão
a tradução do impalpável
Costumam ser insaciáveis.
Para esses loucos e insensatos...
Para essas almas delirantes...
Tudo se faz motivo e forma.
Tudo se faz razão e meio.
Tudo se faz maneira e via.
Tudo se faz em poesia.

Sunday, September 11, 2011

Novos Paladares

Novos Paladares

17/12/2010
Dizem qua ando ácida.
Que perdi a mão
E coloquei,
Mais do que devia,
Amargo e fel na minha poesia.
Acho que não...
Na verdade,
Enjoei do doce.
Me cansei do gosto fácil.
Quero aguçar em mim
O desejo por diversos sabores.
Salivar
Pelo que não me foi dado a provar.
Não me apetecem  mais
O mel que conforta,
Os açucares palatáveis.
Estou mesmo é a fim
Do que salga e azeda.
Do gosto que mistura e confunde.
Despertar em mim novos paladares.