Essa Tal de Poesia

22/11/08
Vamos falar de poesia.
Mas, sobre qual delas?
Sobre a poesia diária, na qual se esbarra quando abrem se portas, olhos e ouvidos?
Aquela que vive nas cores, nos sabores e odores e que nos chega pelos sentidos físicos?
Ou, sobre aquela poesia que se cria, que se pensa?
Aquela que se concebe no ruidoso silêncio
, no digerir interno dos tais poetas?
Pouco importa qual seja, tanto faz a natureza, falemos dela.
Vamos discursar.
Nos valer da inspiração que enche de sentido e significado o cotidiano, as banalidades e barbaridades da essência humana.
Vamos abusar das tonalidades e pintar de tons berrantes o que se faz pálido.
Vamos moldar o que é volátil e etéreo.
Vamos dar forma ao que é sensação nos valendo das palavras.
Mas talvez elas não bastem, não sejam suficientes.
Por que esses seres... os tais poetas
Esses que buscam na expressão
a tradução do impalpável
Costumam ser insaciáveis.
Para esses loucos e insensatos...
Para essas almas delirantes...
Tudo se faz motivo e forma.
Tudo se faz razão e meio.
Tudo se faz maneira e via.
Tudo se faz em poesia.

Wednesday, March 3, 2010

Por nada...

Por nada...

28/05/09

“Quantos de nossos esforços são oferendas ao nada?”
Quantas milhares de vezes:
Lágrimas em vão,
Sofrimentos que perdem o sentido,
Sentimentos que perdem o motivo?
E não sabemos... porquê.
Somos pegos,
Espada em riste
Em lutas que não terminam.
Matando o pouco tempo que temos,
Sufocando em gritos
Uma ânsia de paz
E um desejo de ser
Banalmente feliz.
Ah! Mas precisamos mostrar
Quão guerreiros nós somos!
Darmos nosso sangue e suor,
Heróicos e destemidos!
Mesmo sabendo que após a longa guerra,
Quando nos despirmos das armas,
Não contaremos conquistas,
Nem sentiremos vitórias.

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