Essa Tal de Poesia

22/11/08
Vamos falar de poesia.
Mas, sobre qual delas?
Sobre a poesia diária, na qual se esbarra quando abrem se portas, olhos e ouvidos?
Aquela que vive nas cores, nos sabores e odores e que nos chega pelos sentidos físicos?
Ou, sobre aquela poesia que se cria, que se pensa?
Aquela que se concebe no ruidoso silêncio
, no digerir interno dos tais poetas?
Pouco importa qual seja, tanto faz a natureza, falemos dela.
Vamos discursar.
Nos valer da inspiração que enche de sentido e significado o cotidiano, as banalidades e barbaridades da essência humana.
Vamos abusar das tonalidades e pintar de tons berrantes o que se faz pálido.
Vamos moldar o que é volátil e etéreo.
Vamos dar forma ao que é sensação nos valendo das palavras.
Mas talvez elas não bastem, não sejam suficientes.
Por que esses seres... os tais poetas
Esses que buscam na expressão
a tradução do impalpável
Costumam ser insaciáveis.
Para esses loucos e insensatos...
Para essas almas delirantes...
Tudo se faz motivo e forma.
Tudo se faz razão e meio.
Tudo se faz maneira e via.
Tudo se faz em poesia.

Tuesday, March 8, 2011

A Essa Mulher...

A Essa Mulher...
10/07/83

Eu amo uma mulher
De olhos verdes
Que me fascina
E me enternece.
Eu amo uma mulher
De pulso forte
Que me domina
E me comove.
Se um dia essa mulher
Contar sua vida,
Muitos se calarão
Para ouvi-la.
Porque essa mulher
De dias fartos,
Tem muitos fardos.
É tão sofrida!
Do corpo dessa mulher
Criou-se vida.
Nasceu mais uma
De sonhos tão iguais.
Se essa mulher
Se for do mundo
Enorme espaço
Me ficará.
Ah! Essa mulher
Te amo muito!
E meu muito é pouco
Diante de você!

No comments:

Post a Comment