Essa Tal de Poesia

22/11/08
Vamos falar de poesia.
Mas, sobre qual delas?
Sobre a poesia diária, na qual se esbarra quando abrem se portas, olhos e ouvidos?
Aquela que vive nas cores, nos sabores e odores e que nos chega pelos sentidos físicos?
Ou, sobre aquela poesia que se cria, que se pensa?
Aquela que se concebe no ruidoso silêncio
, no digerir interno dos tais poetas?
Pouco importa qual seja, tanto faz a natureza, falemos dela.
Vamos discursar.
Nos valer da inspiração que enche de sentido e significado o cotidiano, as banalidades e barbaridades da essência humana.
Vamos abusar das tonalidades e pintar de tons berrantes o que se faz pálido.
Vamos moldar o que é volátil e etéreo.
Vamos dar forma ao que é sensação nos valendo das palavras.
Mas talvez elas não bastem, não sejam suficientes.
Por que esses seres... os tais poetas
Esses que buscam na expressão
a tradução do impalpável
Costumam ser insaciáveis.
Para esses loucos e insensatos...
Para essas almas delirantes...
Tudo se faz motivo e forma.
Tudo se faz razão e meio.
Tudo se faz maneira e via.
Tudo se faz em poesia.

Sunday, November 28, 2010

Teu Janeiro Chegou?

Teu Janeiro Chegou?
28/11/2010
Rio
Teu Janeiro
Chegou?
Será que
O mês primeiro
Se instalou nas vielas?
E por elas
Novos passos
Novos rumos?
Será que os meninos
Voltarão sãos e salvos
A empinar suas pipas
A driblar suas bolas
Sem o som das batalhas?
Será que na avenida
Agora, apenas o carro e a alegoria
Espalhando alegria,
Ao invés dos comboios,
Dos estandartes da guerra
Dos corpos e velas?
Vejo Luz nesses olhos
Que insistem em acreditar.
Peço tanto por ela!
Que agora de cada janela
Possa se ver a ladeira e a favela
Como um caminho de Paz!

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