Essa Tal de Poesia

22/11/08
Vamos falar de poesia.
Mas, sobre qual delas?
Sobre a poesia diária, na qual se esbarra quando abrem se portas, olhos e ouvidos?
Aquela que vive nas cores, nos sabores e odores e que nos chega pelos sentidos físicos?
Ou, sobre aquela poesia que se cria, que se pensa?
Aquela que se concebe no ruidoso silêncio
, no digerir interno dos tais poetas?
Pouco importa qual seja, tanto faz a natureza, falemos dela.
Vamos discursar.
Nos valer da inspiração que enche de sentido e significado o cotidiano, as banalidades e barbaridades da essência humana.
Vamos abusar das tonalidades e pintar de tons berrantes o que se faz pálido.
Vamos moldar o que é volátil e etéreo.
Vamos dar forma ao que é sensação nos valendo das palavras.
Mas talvez elas não bastem, não sejam suficientes.
Por que esses seres... os tais poetas
Esses que buscam na expressão
a tradução do impalpável
Costumam ser insaciáveis.
Para esses loucos e insensatos...
Para essas almas delirantes...
Tudo se faz motivo e forma.
Tudo se faz razão e meio.
Tudo se faz maneira e via.
Tudo se faz em poesia.

Sunday, October 31, 2010

Grandeza

Grandeza
10/06/89

Que se afastem de mim
As pessoas de visão pequena.
Quero o enxergar grande!
Quero o olhar de quem
Vê muito mais... e além
Da escuridão humana.

Que se afastem de mim
As pessoas de audição pequena.
Quero o escutar grande!
Quero o ouvir do atento
 Ao grito de dor,
Ao canto de amor,
 Ao louvor  e
Ao lamento.

Por favor,
Se afastem de mim
Pessoas de vida pequena.
Quero o viver grande!
Quero o vôo alto que abraça o mundo
Quero sorriso e espaço aberto
Aos que me valham a pena.
Quero me dar direito
De ter por perto,
Apenas...
A profundidade e a calma
Dos grandes de alma!

No comments:

Post a Comment