Essa Tal de Poesia

22/11/08
Vamos falar de poesia.
Mas, sobre qual delas?
Sobre a poesia diária, na qual se esbarra quando abrem se portas, olhos e ouvidos?
Aquela que vive nas cores, nos sabores e odores e que nos chega pelos sentidos físicos?
Ou, sobre aquela poesia que se cria, que se pensa?
Aquela que se concebe no ruidoso silêncio
, no digerir interno dos tais poetas?
Pouco importa qual seja, tanto faz a natureza, falemos dela.
Vamos discursar.
Nos valer da inspiração que enche de sentido e significado o cotidiano, as banalidades e barbaridades da essência humana.
Vamos abusar das tonalidades e pintar de tons berrantes o que se faz pálido.
Vamos moldar o que é volátil e etéreo.
Vamos dar forma ao que é sensação nos valendo das palavras.
Mas talvez elas não bastem, não sejam suficientes.
Por que esses seres... os tais poetas
Esses que buscam na expressão
a tradução do impalpável
Costumam ser insaciáveis.
Para esses loucos e insensatos...
Para essas almas delirantes...
Tudo se faz motivo e forma.
Tudo se faz razão e meio.
Tudo se faz maneira e via.
Tudo se faz em poesia.

Monday, March 8, 2010

Preciso...

Preciso...
06/02/2010


Preciso prestar mais atenção.
Tirar de cada momento sua essência única.
Olhar mais nos olhos
E descobrir boas almas.
Estar mais presente.
Preciso ancorar,
Pisar terras firmes,
Aparar as asas
E calar essa ânsia
De novidade.
Preciso ser menos covarde,
Arriscar, pagar pra ver,
Dar a cara a tapa.
Preciso sair desse tanto faz
E fazer valer minhas vontades.
Preciso me dar um tempo.
Um tempo pra me ver de perto,
Parar de correr sem rumo,
Acalmar essa urgência
Que me rouba os detalhes.
Preciso tomar posse do que é meu por direito,
Dar valor às minhas conquistas.
Preciso aprender a perder
Para ganhar o que me é importante.
Preciso parar...
Para seguir adiante.

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