Essa Tal de Poesia

22/11/08
Vamos falar de poesia.
Mas, sobre qual delas?
Sobre a poesia diária, na qual se esbarra quando abrem se portas, olhos e ouvidos?
Aquela que vive nas cores, nos sabores e odores e que nos chega pelos sentidos físicos?
Ou, sobre aquela poesia que se cria, que se pensa?
Aquela que se concebe no ruidoso silêncio
, no digerir interno dos tais poetas?
Pouco importa qual seja, tanto faz a natureza, falemos dela.
Vamos discursar.
Nos valer da inspiração que enche de sentido e significado o cotidiano, as banalidades e barbaridades da essência humana.
Vamos abusar das tonalidades e pintar de tons berrantes o que se faz pálido.
Vamos moldar o que é volátil e etéreo.
Vamos dar forma ao que é sensação nos valendo das palavras.
Mas talvez elas não bastem, não sejam suficientes.
Por que esses seres... os tais poetas
Esses que buscam na expressão
a tradução do impalpável
Costumam ser insaciáveis.
Para esses loucos e insensatos...
Para essas almas delirantes...
Tudo se faz motivo e forma.
Tudo se faz razão e meio.
Tudo se faz maneira e via.
Tudo se faz em poesia.

Monday, January 4, 2010

Uma Ponta de Saudade

Uma Ponta de Saudade

14/01/09


Pode ser até que sinta...
Uma ponta de saudade.
Mas saudade é sentimento
Pelo que não volta.
É irremediável,
Imutável.
Vem e fica
Reavivando lembranças,
Relembrando sensações,
Rindo o que já foi sorriso
Chorando tristezas e alegrias que .... passaram.
Do que se mantêm presente na alma,
No corpo e no coração
Sente-se falta.
E falta é coisa momentânea.
Sabe-se que passa.
E logo se está perto novamente
Vivendo a constante e confortável certeza,
De se ter de novo
Aqui...ao lado
O que nunca esteve
Nem nunca estará distante.

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