Quarenta
04/02/2010
Quando abri meus olhos, me deparei com um brilho inquietante.
Os sons eram altos, as imagens distorcidas.
E nos primeiros anos de vida,
Apenas o tato, o medo do mundo,
A vontade de colo.
Mas o tempo sem amarras,
Somou horas em meus dias,
Correu meses em meus anos.
E assim, num belo dia...
Os dez me chegaram.
Sopraram em meus cabelos a brisa leve da inocência.
Passaram rápido. Se foram sorrindo...
Envoltos em fantasias e repletos de aventuras.
Os vinte, decididos,
Donos e senhores da verdade,
Tomaram logo o espaço.
Me imputaram decisões,
Me jogaram em mil paixões.
Tanta sede, tanta fome,
Tanta pressa e exigência,
Que se foram, aturdidos.
Os trinta, mais calmos,
Conscientes de suas certezas,
Entraram com elegância.
Arrumaram as cartas na mesa,
Ditaram algumas regras pro jogo,
Me deram rumo, marido e filho
E se foram, sem despedida.
Já na porta de saída,
Os quarenta me espreitavam.
Nem pediram por licença
Quando vi... Aqui estavam.
Não sei ainda o que me trazem.
Talvez os cinquenta me respondam.
Só sei que sinto em meus cabelos
A brisa morna da maturidade.
Trago agora um passo firme.
Piso anos e cato horas com a consciência
De que apesar do tempo subtraído, me pedindo urgência..
Caminho atenta, serena...
E com muita paciência.
Os sons eram altos, as imagens distorcidas.
E nos primeiros anos de vida,
Apenas o tato, o medo do mundo,
A vontade de colo.
Mas o tempo sem amarras,
Somou horas em meus dias,
Correu meses em meus anos.
E assim, num belo dia...
Os dez me chegaram.
Sopraram em meus cabelos a brisa leve da inocência.
Passaram rápido. Se foram sorrindo...
Envoltos em fantasias e repletos de aventuras.
Os vinte, decididos,
Donos e senhores da verdade,
Tomaram logo o espaço.
Me imputaram decisões,
Me jogaram em mil paixões.
Tanta sede, tanta fome,
Tanta pressa e exigência,
Que se foram, aturdidos.
Os trinta, mais calmos,
Conscientes de suas certezas,
Entraram com elegância.
Arrumaram as cartas na mesa,
Ditaram algumas regras pro jogo,
Me deram rumo, marido e filho
E se foram, sem despedida.
Já na porta de saída,
Os quarenta me espreitavam.
Nem pediram por licença
Quando vi... Aqui estavam.
Não sei ainda o que me trazem.
Talvez os cinquenta me respondam.
Só sei que sinto em meus cabelos
A brisa morna da maturidade.
Trago agora um passo firme.
Piso anos e cato horas com a consciência
De que apesar do tempo subtraído, me pedindo urgência..
Caminho atenta, serena...
E com muita paciência.
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